No terceiro trimestre de 2024, o volume de fretes rodoviários no Brasil cresceu 6,7% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando mais de 3,5 milhões de fretes, conforme dados da Frete.com, plataforma online de transporte de cargas na América Latina. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelos setores de construção civil e produtos industrializados, que registraram crescimentos de 25,4% e 9,3%, respectivamente.
O setor de construção civil destacou-se pelo incremento no transporte de cimento, que representa 68% dos produtos movimentados pelas empresas na plataforma. Os fretes de cimento aumentaram 45,4% em comparação ao ano anterior. No segmento de produtos industrializados, os alimentos tiveram um aumento de 4,1% nos fretes, enquanto máquinas e equipamentos cresceram 12,4%.
Em contrapartida, o agronegócio apresentou uma queda de 1,2% no volume de fretes rodoviários no mesmo período. Dentro do setor, o transporte de milho caiu 19,5%, com reduções significativas nas regiões Sul (-34,1%), Centro-Oeste (-17%) e Sudeste (-3,9%). Por outro lado, o volume de soja transportada aumentou 1,5%, impulsionado pela região Sul, que registrou um crescimento de 19,9%. No entanto, houve quedas no Centro-Oeste (-25,8%) e Sudeste (-8,7%). O transporte de fertilizantes cresceu 6%, com altas no Sul (8,9%) e Sudeste (7,2%), mas uma queda de 7,2% no Centro-Oeste.
Regionalmente, o Nordeste liderou o crescimento no volume de fretes utilizando a plataforma, com um aumento de 17,7%, seguido pelo Sudeste (16,7%) e Sul (6,3%). Devido às dificuldades enfrentadas pelo agronegócio, o Centro-Oeste encerrou o trimestre com uma redução de 14,9% no volume de fretes. Minas Gerais destacou-se com a maior alta estadual (25,5%), impulsionada pelos fretes de cimento, seguida por Santa Catarina (12,1%), Paraná (9,9%) e São Paulo (6,6%). Em contraste, os estados do Centro-Oeste apresentaram quedas: Mato Grosso do Sul (-20,9%), Mato Grosso (-11,2%) e Goiás (-13,1%).
Esses dados refletem as dinâmicas setoriais e regionais do transporte rodoviário de cargas no Brasil, evidenciando a influência de setores como a construção civil e os desafios enfrentados pelo agronegócio no período analisado.
