Hoje, em Manaus, participei de uma reunião fundamental para o futuro da navegação e infraestrutura da região Amazônica. O encontro teve como foco central a discussão sobre a privatização do Rio Madeira, uma pauta sensível e complexa que desperta grande interesse das instituições de navegação e órgãos governamentais. Como Presidente da Fenavega – Federação Nacional das Empresas de Navegação, estive acompanhado de diversas lideranças do setor. Representando a Antaq, tivemos a presença do Almirante Lima Filho, enquanto o Ministério de Portos e Aeroportos foi representado pelo Secretário de Hidrovias e Navegação, Dr. Dino Antunes. Também participaram o Presidente do Sindarma, Galdino Junior, e o Presidente do Sindfluvial, Rennan Cavalcante, que trouxeram a perspectiva das empresas de navegação do Amazonas e de Rondônia, respectivamente.
Ao longo da reunião, foram abordados temas essenciais para garantir uma navegação segura e eficiente na região. O debate incluiu pontos técnicos e estruturais que consideramos vitais para a operacionalidade do Rio Madeira, além de preocupações relacionadas à manutenção e à melhoria contínua da hidrovia. A discussão foi enriquecida pelas contribuições de armadores e diretores da Fenavega, que ofereceram insights valiosos sobre os desafios e as necessidades específicas de quem atua diariamente nesse setor. Com um alinhamento claro entre os presentes, buscávamos entender de que forma a privatização poderia beneficiar a navegação e o desenvolvimento regional.
Entre as questões levantadas, destacamos a necessidade de investimentos contínuos em infraestrutura e manutenção, que são indispensáveis para que a hidrovia do Rio Madeira opere de maneira segura e eficiente. Entendemos que a privatização, quando bem planejada e gerida, pode trazer esses recursos e melhorar significativamente as condições de navegabilidade. Além disso, avaliamos como o projeto pode fortalecer o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia, promovendo maior integração entre os estados e criando novas oportunidades de emprego e renda para a população local.
No final das discussões, chegamos a uma conclusão conjunta sobre os benefícios que a privatização do Rio Madeira poderá proporcionar, tanto para a navegação quanto para o desenvolvimento da região. Este projeto é um passo estratégico que pode impulsionar a economia, facilitando o transporte de mercadorias e o acesso a regiões remotas. Como representante de toda a navegação brasileira, vejo nesse projeto um futuro promissor e um avanço significativo para a Amazônia.
Gostaria de aproveitar este momento para parabenizar o Almirante Lima Filho, relator do projeto, e o Dr. Dino Antunes, do Ministério de Portos e Aeroportos, pelo trabalho exemplar que têm realizado em prol da navegação. Suas atuações foram fundamentais para delinear um projeto que equilibra as demandas do setor com o desenvolvimento sustentável da região. O comprometimento e a visão estratégica de ambos foram essenciais para alcançar esse ponto de consenso entre todos os participantes.
Por fim, reafirmo meu compromisso, junto aos sindicatos que compõem a Fenavega, aos armadores e aos usuários da hidrovia, de trabalhar incansavelmente para que esse projeto saia do papel e se torne realidade o mais breve possível. Estamos empenhados em construir um futuro em que a navegação no Rio Madeira seja um pilar de desenvolvimento econômico e social para a Amazônia e para todo o Brasil.
Raimundo Holanda C Filho, Empresário, Presidente da FENAVEGA, Vice-Presidente da CNT.